Marcas de Pianos TOP de linha – História
O mercado de fabricação de pianos em massa data de mais de 200 anos de história, neste longo período muitas fabricas entraram e saíram do mercado, no total são mais de 3.000 fabricas e mais de 8 mil marcas que temos registros.
Com o tempo o mercado foi se estreitando, a grande maioria das fabricas antigas já fechou suas portas, porem o fato de uma fabrica ter sido fechada não quer dizer que tenha sido mau administradas ou que os pianos eram de baixa qualidade, certamente este foi o motivo para inúmeras, porem infelizmente, os maiores motivos para o fechamento de inúmeras fábricas foram a 1.a Guerra Mundial, a depressão da década de 20, a 2.a guerra mundial e a divisão da Europa no Bloco Socialista.
Fabricas de pianos como a Bechstein e a Bluthner em um primeiro momento foram expropriadas pelo governo nazista para a produção de material bélico, depois foram bombardeadas e destruídas pelos aliados, e para terminar ficaram isoladas no Bloco Socialista e controladas pelo governo.
Mesmo com estes inúmeros entraves, algumas sobreviveram, dentre elas, 5 acabaram por se tornar as maiores referencias do mercado, são altamente renomados e requisitados no mundo inteiro, estão presentes nas maiores e mais afamadas salas de concertos, shows, estúdios, teatros, hotéis e centros de convenção de todo o mundo.
Em algumas destas fabricas a produção é semi artesanal e bastante demorada, os métodos e processos produtivos foram preservados e são fabricados praticamente da mesma forma que eram fabricados entre 1900 e 1940, conhecido como o tempo Áureo da fabricação de pianos.
Os preços destes instrumentos são um caso á parte, os pianos novos custam uma pequena fortuna, um Steinway americano 1/2 cauda custa uma média de R$ 220.000,00 (duzentos e vinte mil reais), um Bosendorfer equivalente não sai por menos de R$ 300.000,00.
Os pianos usados destas marcas também são bastante valorizados, principalmente os fabricados entre 1900 e 1940, estão se tornando bastante raros e a demanda é alta, o que resulta em um aumento constante de preços.
Fabrica de Pianos Bosendorfer
Fundada em 1828 por Ignaz Bosendorfer.
A Bösendorfer foi fundada em 1828 e é uma empresa fabricante de pianos de excelência, com mais de 170 anos de história, em especial pianos de cauda. Enquanto símbolo da cultura musical de Viena, os pianos Bösendorfer defendem o legado da cidade através do seu som único, quente e rico e de uma fabricação de qualidade superior, sustentado por uma longa tradição artesanal; estes pianos têm muitos fãs, principalmente entre pianistas e músicos profissionais. Depois de, em 1966, se ter estabelecido como filial da Kimball piano and Organ Company, uma empresa norte-americana fabricante de pianos, a Bösendorfer foi adquirida pelo BAWAG, um grupo financeiro austríaco, em 2002. A Bösendorfer também possuem uma ressonância vienense única e os métodos tradicionais para sua fabricação foram preservados. São os mais caros por cm2.
Fabrica de pianos Bluthner
Fundada em 1853 por Julius Bluthner.
A fábrica de pianos Blüthner perto de Leipzig foi destruída durante o ataque aéreo de 1943.As forças ocupantes Soviéticas permitiram que a família reconstruísse a fábrica após a Segunda Grande Guerra e conseguiram inclusivamente manter cerca de um quarto da empresa até 1972 quando a empresa foi expropriada e passou a ser controlada pelo estado, mas permanecendo Ingbert Blüthner-Haessler como diretor da fábrica. Após 1989 a família comprou de novo a empresa que agora é dirigida pelo Sr. Blüthner-Haessler e os seus dois filhos.
Fabrica de pianos Bechstein
Fundada em 1853 por Carl Bechstein
Ele estudara construção de pianos na Alemanha, completando sua formação na Inglaterra e França. O primeiro instrumento, ele montara praticamente com as próprias mãos, porém logo sua produção conquistou conservatórios e salas de concerto, alcançando celebridade internacional.
Já em 1866 Bechstein conseguia exibir seus instrumentos na Exposição Mundial de Londres. Após numerosas premiações – mas também graças à admiração de pianistas, compositores, e até mesmo da concorrência – a empresa se ampliou rapidamente.
“Só se devia escrever música para o Bechstein”, afirmava o compositor francês Claude Debussy (1862–1918). E o romântico Franz Liszt (1811–1886) declarou um instrumento dessa mesma marca como seu “piano para toda a vida”. Ao longo de mais de 150 anos, inúmeros compositores e virtuoses – dentre eles também Richard Strauss, Edvard Grieg e Béla Bartók – têm agradecido ao mestre do som e da técnica, em dedicatórias e cartas pessoais.
O final do século 19 foi a época de ouro do piano na Europa, ele era presença obrigatória nas salas de estar da burguesia. Bösendörfer em Viena, Zimmermann e Blüthner em Leipzig, Steinway em Nova York, demanda era o que não faltava para nenhuma delas. Porém Bechstein almejava mais ainda: conquistar os corações dos compositores e as salas de concerto.
Liszt, um dos músicos mais virtuosos e mais dinâmicos de seu tempo, foi responsável por boa parte do sucesso da marca: “Ele que havia, literalmente, destroçado diversos instrumentos dos concorrentes, encontrou no Bechstein um piano que não só resistia à sua maneira dinâmica e poderosa de tocar, como também o satisfazia do ponto de vista sonoro”, comenta Schulze.
Por volta de 1890, a firma é uma das líderes mundiais do ramo: 1100 funcionários produzem cinco mil instrumentos por ano. Porém, com a morte do fundador, em 1900, anos difíceis se anunciam. Helene Bechstein, nora de Carl, idolatra o jovem Adolf Hitler, e nos anos 20 o introduz na alta sociedade de Berlim e Munique.
Essa fatídica aproximação não trouxe qualquer vantagem para a empresa, na forma de subvenções ou de encomendas especiais. Pelo contrário: a casa da família em Obersalzberg foi simplesmente confiscada pelo regime nazista. E, como ocorria com o resto da indústria nacional, suas fábricas foram “recrutadas” para a produção de material bélico, neste caso, motores e ataúdes.
Após a Segunda Guerra Mundial, pouco sobrou das instalações da Bechstein em Berlim. O processo de desnazificação implicou a perda de diversas filiais. Somente após 1948 ela voltou a ter a permissão de realizar reformas completas em instrumentos usados ou danificados, e apenas dois anos mais tarde pôde construir pianos novos. Retornar ao esplendor de antes era quase impossível, já que no meio tempo a Steinway, a “vencedora” imaculada, dominava o mundo pianístico.
Fabrica de pianos Grotrian Steinweg
Fundada em 1835 por Heinrich Engelhard Steinweg e Friedrich Grotrian.
·Em 1853 Heinrich vende sua parte da fabrica e imigra para os EUA aonde funda a Steinway & Sons, com a saída de Heinrich, a empresa passou a ser controla pela família de Friedrich Grotrian, desde então a empresa cresceu muito e tem como base a fabricação artesanal e controle de qualidade extremamente rigorosa, matéria prima recusada pela grotrian poderia ser usada em 90% das outras fábricas.
Grotrian-Steinweg GmbH Grotrian-Steinweg Str. 2· D-38112 Braunschweig
Fabrica de pianos Steinway & Sons
Fundada em 1853 por Heinrich Engelhard Steinweg.
A Steinway & Sons foi fundada em Nova Iorque pelo imigrante alemão Henry Engelhard Steinweg e seus filhos.Nessa altura, a cidade era um dos principais centros da indústria de piano nos Estados Unidos e Henry era já um mestre da fabricação e havia dirigido durante anos a fabrica Grotrian Steinweg, na Alemanha, tendo construído o seu primeiro piano na cozinha da sua casa, ainda na Alemanha.